Há idéias e mais idéias que circundam a sua mente, algumas são confusas e outras, perplexas. Poucos escolhidos receberam, através de um insight num momento out, os princípios básicos da Seita do Grande Babuíno Sagrado. Portanto, venda a sua alma a nós e terás as respostas que mudarão, para sempre, a sua vidinha medíocre. Questão1: ¿Dedo ou língua? Se você sabe a resposta, você também é um filho do Babuíno. ¡Seja bem-vindo!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

 
 

Querido Papai Noel,

Creio que já seja hora da gente fazer as pazes. Já tem muito tempo que não temos aquela conversa séria de fim de ano e, de repente, eu senti falta disso.
Não estou em condições de pedir muita coisa neste Natal, não tenho me comportado nada bem. Ainda tropeço nas mesmas pedras. Tenho acordado com mais mau humor que o habitual, tenho sido rude e superficial. Tenho deixado meus pais aflitos por não ligar com frequência. Às vezes ainda deixo de estender a mão e dizer uma palavra amiga. Meu egoísmo grita comigo o tempo todo. Meu coração ainda é muito duro, uma pedra que pesa a cada dia e que tem sofrido fissuras.
Sei que não posso estar entre os primeiros da fila, mas, ainda assim, tenho pedidos a fazer.
Quero pedir perdão pelo meu fracasso, por toda vez que dei um passo em falso e me deixei ir ao chão, por pensar tanto em mim e me esquecer de mim ao final.
Desejo que a vontade ainda seja maior que o impulso, ou que o impulso seja coerente, para que eu consiga ser eu do jeito que eu quero e tenho que ser. Quero acordar todos os dias com um sorriso limpo de qualquer culpa por eu ser ainda tão grosseiro.
Olho pela janela e vejo a chuva que cai lá fora. Espero, e peço, que todos os outros que estão além das cercas do meu mundinho egocêntrico tenham um teto para se abrigar dessa água que cai sem parar, para se esconder do frio que assola a vida corrida dos habitantes desse planeta, que tenham o que comer sem precisar se preocupar com o que vem depois.
Seria bom, também, que todos os eus, que estão espalhados por aí, fossem visitados, nem que fosse uma só vez ao ano, pela consciência, aquela que é injustiçada a todo tempo, mas que não se deixa abalar nunca.

Presencio por mais um ano, a contragosto, essa grande exacerbação da hipocrisia, que parece estar na gama dos novos valores morais da humanidade.
É... talvez fosse mais fácil pedir uma bicicleta, seguir a marcha em silêncio. Ou talvez eu não tenha direito àqueles presentes, talvez não tenha feito por merecer.
De qualquer forma, vou, pelo menos na noite do dia 25, ser mais sincero comigo, abraçar meus pais e meus amigos por muitas horas, aproveitar melhor esses meus momentos de lucidez e fazer uma oração para acordar e descobrir que tudo o que está errado, na verdade, nunca existiu. Vou tentar dormir em paz, para no dia 26 já começar a usar tudo aquilo que eu pedi e que espero ganhar.

Portanto, Papai Noel, vou parar de fingir que eu não acredito em você. Eu quero mais é poder crer nisso, afinal, eu sou obrigado a acreditar em tanta coisa que não faz sentido e um pouco de esperança não me faria mal algum.
Filipe - o garotinho que ainda se surpreende com desilusões
 
 
publicado por Dýlon às 18:59 | 5 Comentários

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