A mensagem de hoje é para você, você mesmo, você que tem vergonha da própria sombra, que se prende pela inibição, que nunca beijou a cabeça de uma mulher careca, entrevistou a Tati cover no ônibus, ou atravessou correndo uma rua para perguntar para a um desconhecido qual era a sua idade, sem mais nem menos, só por mera curiosidade.
O objetivo é deixar de ser derrotado e tirar o que há de melhor da desgraça, principalmente se for a desgraça alheia.
Vamos lá, primeiro levanta essa cabeça, porque conversar com os peitos é muito interessante, desde que os peitos não sejam seus. Depois olha pra frente. Não, não tão longe, fitando o horizonte com o olhar de peixe morto, que assim você fica parecendo mais autista ainda.
Agora sim, muito bom.
Vamos lá, respira. Respira por baixo, faz à maneira oriental, deixa o ar entrar por baixo e ir subindo. Ta indo... Porra, é pro ar entrar e não sair, seu porco. Eca, você almoçou batata doce hoje?!
Não se preocupe com sua envergadura moral ao dirigir-se a alguém, a gente sabe que tal envergadura não existe, portanto é o que menos vai fazer diferença.
Próxima lição, ser artificial é completamente natural, desde que não soe falso. Em outras palavras; finge. Achou isso obscuro? Peraí que eu já desenho. Melhor, exemplifico.
Suponhamos que você esteja sendo ameaçado de morte, pela Associação Eco-chata Protetora dos Gatos Imundos da FAFICH, pelos veteranos do 15º Período, ou pelo homenzinho verde, o seu amigo imaginário que, de repente, ficou mau. O que fazer então?
Por suposto, nada. Primeiro porque você é desajeitado, e se correr, vai cair. Segundo, porque você morrendo faria um bem enorme para a humanida... Hã?! O que eu estava dizendo mesmo?! Pensei alto por um momento... Ah, sim! Erguendo a cabeça e dizendo com o peito cheio (e as fraldas também): cai dentro.
Não tão baixo! Você tem que dizer: CAI DENTRO!
[...]
Ah, não seja chorão. Soco na cara nem dói tanto assim. E depois você pode parcelar a reconstrução facial em 45 vezes de R$299,90, em qualquer cartão de crédito.
Não tenha medo do mundo, tire esse rabo do meio das pernas - Calma, calma, não é pra sair dando ele para todo mundo também, se controla aí, pô – abra um sorriso, mesmo com todas essas cáries e essa boca murcha faltando dentes. Não tenha medo de arriscar.
Viu como sua vida já ficou infinitamente emocionante? Cheia de adrenalina. (adrenalina na veia, para resolver a parada cardíaca depois de apanhar de cabeça erguida)
Afinal, quem nunca atropelou uma velhinha, derrubou uma gorda no Mineirão ou botou alguém na mira da pomba, não tem histórias para contar.
Agora que você já começou a entender, só mais um detalhe: se for realmente foder alguém, use camisinha!
O Guru dos (DES)venturosos -
originalmente publicado em Zulatozine #5, em 01 de dezembro de 2005
3 Comentários:
Haha... Boa. texto bacana. mas eu tenho todos os meus dentes... e agora? ooh.. oO =*
quarta-feira, 07 dezembro, 2005
mudei de endereço, www.asvacasvaoproceu.zip.net
segunda-feira, 12 dezembro, 2005
tipico texto de quem segue enfiando o pe na jaca!precisa falar?obvio, eu gostei...
quarta-feira, 07 junho, 2006
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