quarta-feira, novembro 30, 2005
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Quem tem postura é galinha, quem não tem, perde a linha
A mensagem de hoje é para você, você mesmo, você que tem vergonha da própria sombra, que se prende pela inibição, que nunca beijou a cabeça de uma mulher careca, entrevistou a Tati cover no ônibus, ou atravessou correndo uma rua para perguntar para a um desconhecido qual era a sua idade, sem mais nem menos, só por mera curiosidade. O objetivo é deixar de ser derrotado e tirar o que há de melhor da desgraça, principalmente se for a desgraça alheia.
Vamos lá, primeiro levanta essa cabeça, porque conversar com os peitos é muito interessante, desde que os peitos não sejam seus. Depois olha pra frente. Não, não tão longe, fitando o horizonte com o olhar de peixe morto, que assim você fica parecendo mais autista ainda. Agora sim, muito bom. Vamos lá, respira. Respira por baixo, faz à maneira oriental, deixa o ar entrar por baixo e ir subindo. Ta indo... Porra, é pro ar entrar e não sair, seu porco. Eca, você almoçou batata doce hoje?! Não se preocupe com sua envergadura moral ao dirigir-se a alguém, a gente sabe que tal envergadura não existe, portanto é o que menos vai fazer diferença. Próxima lição, ser artificial é completamente natural, desde que não soe falso. Em outras palavras; finge. Achou isso obscuro? Peraí que eu já desenho. Melhor, exemplifico. Suponhamos que você esteja sendo ameaçado de morte, pela Associação Eco-chata Protetora dos Gatos Imundos da FAFICH, pelos veteranos do 15º Período, ou pelo homenzinho verde, o seu amigo imaginário que, de repente, ficou mau. O que fazer então? Por suposto, nada. Primeiro porque você é desajeitado, e se correr, vai cair. Segundo, porque você morrendo faria um bem enorme para a humanida... Hã?! O que eu estava dizendo mesmo?! Pensei alto por um momento... Ah, sim! Erguendo a cabeça e dizendo com o peito cheio (e as fraldas também): cai dentro. Não tão baixo! Você tem que dizer: CAI DENTRO! [...]
Ah, não seja chorão. Soco na cara nem dói tanto assim. E depois você pode parcelar a reconstrução facial em 45 vezes de R$299,90, em qualquer cartão de crédito. Não tenha medo do mundo, tire esse rabo do meio das pernas - Calma, calma, não é pra sair dando ele para todo mundo também, se controla aí, pô – abra um sorriso, mesmo com todas essas cáries e essa boca murcha faltando dentes. Não tenha medo de arriscar. Viu como sua vida já ficou infinitamente emocionante? Cheia de adrenalina. (adrenalina na veia, para resolver a parada cardíaca depois de apanhar de cabeça erguida) Afinal, quem nunca atropelou uma velhinha, derrubou uma gorda no Mineirão ou botou alguém na mira da pomba, não tem histórias para contar.
Agora que você já começou a entender, só mais um detalhe: se for realmente foder alguém, use camisinha!
O Guru dos (DES)venturosos - originalmente publicado em Zulatozine #5, em 01 de dezembro de 2005
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publicado por Dýlon às 23:55
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segunda-feira, novembro 28, 2005
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5102 - Expresso para a demência
Quem sai de casa para comprar o ingresso do Pearl Jam, imaginando que o trajeto de ônibus vai ser tranquilo, é muito tapado mesmo, bobinho até, eu diria. Ainda mais quando todo mundo muda de idéia e resolve acompanhar o pé-de-coelho-preto, aquele, para o qual pouco azar é bobagem. Percebe-se que esse indivíduo nem sou eu. Que isso fique claro. Estávamos todos no 5102 (não me pergunte a diferença desse pro 5104, 5302, 4198, ou o 666, porque eu não sei), eu, André, Ismael, Lalá, Rafael, Lulu, Nando e toda a graça de uma excursão de crianças, quando, por um breve intervalo de assunto uma voz se fez ouvir. Falava com grande empolgação e, de vez em quando, deixava escapar um "doidimais".
Como o Zezé, aquele do Meu Pé de Laranja Lima, (meu Deus, por que eu fui lembrar disso agora?!), eu senti o diabinho remexer dentro de mim. Aliás, pensando bem, é mais ele que nasce no Natal e resto do ano, do que os bons sentimentos. Portanto, não resisti e resolvi chamar a atenção dos demais:
- Olha essa menina do seu lado aí, ela tem a voz idêntica à da Tati.
[param para ouvir um tempo] - Nossa, é igualzinha!
- Não é?! - Ai se eu tivesse um gravador aqui... - Você acredita que meu gravador está aqui na mochila? (providencial, não acha?!) - Tá falando sério? Pega ele aí. Vamos gravar isso. - Sei não, hein. A gente vai ter que pedir para ela e ela não vai querer falar. Talvez até se estresse com a gente. - A gente grava escondido. - Mas com o barulho do ônibus, se a gente não colocar o gravador perto da boca, não vai sair nada.
[...]
- Ismael, isso não está nada escondido! A colega dela tá vendo e tá ficando puta com a gente. Ou você pede para ela para deixar a gente gravar, ou, então, pára de gravar. Porque essa mulher pode fazer barraco aqui no busão. - Ah, não vou pedir não. Não tenho a cara de fazer isso. Você tem? - Eu até tenho, mas vou deixar essa oportunidade para você. Além do mais, eu já excedi a minha cota de perdeção de linha esse mês. Já beijei a careca daquela mulher... Anda, pede você!
- ... então, a gente desce no próximo... - disse o foco das nossas atenções.
- Viu Ismael?? Ela vai descer e a gente não vai conseguir. Pede logo.
- Não vou pedir não. - Então me dá esse negócio aqui. (gente com atitude é outra conversa, vê?)
- Oi, vocês estudam na UFMG, não? - Estudamos sim. - Fazem o que lá? - Matemática. - Negócio é o seguinte: você tem a voz idêntica à de uma amiga nossa. - ... - A gente precisava gravar você falando "doidimais" e "muito bom". - e mostramos o gravador.
A menina arregalou os olhos e por um momento gaguejou. Como eu me divirto até agora, só de lembrar.
Ela, ainda sem saber o que estava acontecendo, desceu. A gente ficou rindo uma caralhada de tempo e depois voltamos às nossas esferas de pensamento habituais.
Mas veja como o destino parece querer que eu perceba claramente a importância daquilo, faltando só desenhar. Estava eu hoje, domingo, no Mineirão, para assistir Vasco x Atlético, no meio da torcida do Galo, mas torcendo calado pelo Vasco, quando de repente senta uma menina de feições familiares à minha frente.
Abre parêntesis. Em uma cidade com trocentos milhões de habitantes, onde o meu círculo de conhecidos não passa de duzentas pessoas, dentro de um estádio com 48 mil torcedores, ela, a menina com a voz cover da Tati, sentara na minha frente. Fecha parêntesis.
Logo que percebi, comecei a rir. E eu, que outrora tinha nas mãos um gravador de voz, tinha agora uma câmera, que, por suposto, seria colocada em ação naquele momento. Foi então que a graça se levantou e veio andando na minha direção. Parou na minha frente, para passar para o outro lado, sem me reconhecer. Eu não me contive e soltei um "Oi, menina do busão. Tudo bem?". Tal foi o espanto dela ao me ver, que tentando fugir do maluco (que NÃO sou eu), acabou tropeçando e caindo muito feio. Quebrou três costelas, o fêmur e teve uma fratura exposta da clavícula... Tá, não foi assim, mas o tombo foi bem feio. E de longe ela gritou: "Você sabe que a culpa foi toda sua, né?!"
Pronto. Mais uma vítima do mau agouro inocente que emana, inconscientemente (juro!), do meu ser.
Eu tinha que postar a imitação dela e as fotos que eu tirei no domingo, tinha que dispor as fotos em sequência, do momento em que eu a vi, sucedendo até o pós tombo. Era minha nova missão de vida para hoje. Pode parecer a mais pura maldade, mas foi hilário tudo isso.
Sobre o jogo? O Galo perdeu, como o esperado.
Voltei pra casa e contei para um dos caras da república a história da menina do ônibus e sobre o que tinha acontecido no estádio. Por incrível que pareça, ele tinha ouvido uma história de uma colega dele, que tinha sido abordada por um retardado qualquer com um gravador, dentro do ônibus... Ao ver as fotos, ele confirma: é ela. E óbvio que o retardado NÃO era eu. Não termina por aí, porque, como se não bastasse, o celular dele toca e, imagina quem é?? Foi então que ela acabou sabendo que o grande pesadelo da vida dela, nos últimos dias, estava mais próximo do que podia supor. Eu não me aguentando mais de rir, ainda fui falar com ela ao telefone.
Como eu sou podre! Nunca alguém declarou abertamente seu ódio mortal por mim e eu achei tão engraçado.
Garanto que eu ainda a encontro, caída bêbada na rua, no dia que eu me perder andando por Belo Horizonte. Porque não existe coincidência, existe fatalidade. E se, por acaso, isso não acontecer, ela vai bater à minha porta com um porrete na mão para se vingar. Ela, a mulher careca e a menina dos dezessete anos, amiga da Maíra.
Que medo!
_ o blogspot fode a formatação. Quem olha ainda deve achar que eu sou um porco. Indignação manifesta.
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publicado por Dýlon às 00:10
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terça-feira, novembro 22, 2005
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Alzhe... O que mesmo?!
Desisti de tentar escapar de ser incluído naquela espécie dos que só não perdem a cabeça porque está colada no pescoço. Com tanta gente avoada no mundo, por que não ficar no grupo dos normais? E convenhamos que, pelas evidências, o meu nível de alzheimer não é dos mais brandos. Não é qualquer um que perde o guarda-chuva (fala sério. Isso todo mundo perde!), perde a câmera no carro do outros, perde o ônibus, o dia do aniversário do pai, perde a linha até o chão e de um braço só, perde o dia de se apresentar no serviço militar (memória seletiva, saca?), perde a vergonha na cara, perde o amigo, mas não a piada, perde o caminho de casa, esquece o número do próprio celular (não sou eu quem liga para mim, afinal!), contudo, por incrível que pareça, não perde a mania de querer tudo perfeito.
Eis que tudo se torna claro. Ohhh! Não tem como um indivíduo desses viver em paz tão looooooonge infinitamente da perfeição. Espera que estamos falando de mim, portanto a última parte tem que ser completamente desconsiderada. Eu sou a perfeição em pessoa, ou na forma do famoso arcabouço de pessoa.
Talvez isso se deva às sucessivas castrações criativas, as quais tenho sofrido. Primeiro as anotações sobre a convergência de retas paralelas, o que é estranho até para o meu "Fantástico Universo de Filipe", excessivo até para o "Maravilhoso de Maíra", e depois, quando eu tomo fôlego para escrever sobre os dias mais chatos do ano, entenda-se Natal principalmente, alguém já traduziu meus sentimentos de revolta, exatamente na mesma intensidade. Valeu Elise! Só não reclamo porque o texto ficou espetacular ( Versos Íntimos ). Eu vou deixar para manifestar a minha indignação com essas datas no meu aniversário, que realmente é o pior dia do ano, desde que eu nasci.
Estou com um medão de sair de casa hoje, tenho que ir comprar meu ingresso para o show do Pearl Jam, e aliada à minha deficiência mental aguda, está a falta de conhecimento no que diz respeito a andar nessa cidade, talvez mais uma vez por falta de vergonha na cara.
O que resta é apelar para a sorte, para ver se ela me guia enquanto eu estiver perdido por aí, sem saber voltar para casa. Sorte, se você estiver me ouvindo, nem precisa me fazer lembrar o ônibus certo, eu só quero passar com A.
Um ótimo dia, apesar de já ser tarde.
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publicado por Dýlon às 11:50
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segunda-feira, novembro 14, 2005
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Mais arroz, por favor!
Apego a matéria? Juro que a minha preocupação com o peso tem ido muito além disso. Leva-se me em consideração a mudança de cidade, do ritmo, das pessoas e de hábitos. Todo mundo sai de casa e engorda, porque só eu que me fodo? Perder sete quilos já era um absurdo. Mais comida, mais atenção, vitaminas e exames provando plena saúde e ainda assim, um mês depois menos dois quilos. Nove quilos são quase dois pacotes de arroz, nove de feijão e três vezes o meu cachorro. Não sei, não, mas eu ficaria tranquilo se tivesse aparecido uma lombriga qualquer nos meus exames, eu teria uma causa concreta para combater. No entanto, a lombriga sou eu!
Estava assistindo ao Clube da Luta no sábado a noite (note-se aí o meu estado de espírito), quando Jack e Tyler roubavam a clínica de lipoaspiração, ao passarem um saco de gordura por cima da grade, este estourou e foi tudo pelo chão. Num insight eu vi a metáfora da minha vida. Eu queria a gordura e eu tentaria, a qualquer custo, salvar aquele saco de gordura, que devia ter bem uns nove quilos. Não consigo ficar bem humorado com isso. Coisa que eu detesto em mim é meu pessimismo, que no momento é bem aceitável, sendo ele um reflexo fatalista da realidade. O negócio é tentar tirar proveito disso. Vou montar um programa daqueles "Emagreça com saúde", a eficiência é inquestionável e não iam faltar interessados. Embora, não me console nem um pouco. Ainda tem gente me perguntando se as minhas fotos do Orkut tinham sido editadas no Photoshop: "... ou você já foi gordo ou..." Não são, mas poderiam ter sido. Tudo reforça o meu complexo de magrelo derrotado, que chegou perto, nadou e morreu na praia. Pensando aqui, nunca mais quero ir à praia, enquanto não resolver isso.
Depois de ter passado a comer tanto, só três medidas podem consistir na solução do meu problema: primeiro o nutricionista, segundo uma psicóloga, terceiro... um agente funerário. Está na hora da minha refeição programada.
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publicado por Dýlon às 01:23
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sexta-feira, novembro 11, 2005
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No ponto onde convergem as retas paralelas
É de rir mais que tudo NA VIDA. Insanidade é uma coisa altamente questionável. Quem no final pode realmente determinar o que é são ou não, no que tange as coisas que parecem ter importância irrisória na vida? Que os digam aqueles que acabam indo na onda de bater altos papos com aquela estátua mal-humorada de Kant e que aderem ao protesto do pano preto contra ele. Meticulosidade às favas. Percebi que eu me sentia bem com coisas que se escondem pelos cantos, que cumpriam seu papel no silêncio, que eu podia um dia estar pelos cantos e nem por isso deixar de importar. Saber disso me arranca sorrisos tão fáceis e tão largos! Indico e recomendo a quem estiver cético quanto a existência de momentos amenos que passam, fugazmente, durante nossas existências que prestem atenção a essa transcendentalidade das coisas sutis. Entretanto uma ressalva deve ser feita; não procurar as diversões simples nos lugares errados. Quem chega a questionar se beber um copo d´água mata ou não sua sede, deveria mesmo, sentir-se à vontade para não bebê-la, morrer e liberar espaço no mundo para alguém que beba. Quando digo procurar pelos cantos detalhes que te façam satisfeito, me refiro a certo pingo d´água que cai da beira do telhado e contém da forma mais absoluta a graciosidade de um dia inteiro de chuva, falo do interessante desafio ao irregular que é andar de bicicleta sobre uma calçada torta e não de conhecer a cozinha suja de um restaurante e nele comer depois. Seguir por um caminho sem ter o gosto de olhar para os lados é o mesmo que não caminhar por ele. Sinta-se a vontade para deitar-se na grama num dia sol, distribuir abraços às pessoas e fazer a diferença sem frieza.
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publicado por Dýlon às 16:10
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segunda-feira, novembro 07, 2005
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Vá para o ET que te carregue!
Essa é a hora, à noite, logo antes de dormir, oportunidade perfeita para ser abduzido. Tenho o perfil ideal, sou estranho, falo coisas sem sentido, pareço não ser daqui e, não me lembro bem mas, isso já deve ter acontecido algumas vezes. Sempre me devolvem. Espero que dessa vez dê certo, estou desistindo de pensar que existe vida inteligente fora da Terra, assim como tenho a certeza que dentro dela não há. Dia desses uma barata, dessas que prenunciam a chegada com o barulho das asas, no vôo, daquelas que a gente não precisa nem ver para dizer uugh, entrou absoluta no meu quarto. Crês que a puta resolveu pousar encima da minha cama? Quis exterminá-la nos dentes. Mas que tipo de animal sou eu? Resolvi chamar os bombeiros mesmo. Não é assim com todo mundo, óbvio. Comigo acontece que a revolta contra a existência desses seres precede, em alguns quilômetros, o nojo que tenho por eles. Mato sem dó e com requintes de crueldade. Dias depois saquei que aquilo devia ser uma nave. Saquei quando, em vez de uma barata, entrou uma cigarra, bizarra, fazia um barulho muito escroto, rodeando a lâmpada do meu quarto. Se a barata era grande, aquele liquidificador de asas era umas dez vezes maior, vinte até. Segurei a nas mãos e esperei que decolasse. Ao espelho estou anoréxico, mas para subir eu estava gordo. Perdi minha segunda chance, em um ano, de dar uma voltinha no espaço, só porque eu não sou muito amigo dos insetos. O segredo é realmente não perder as esperanças, deixei minha malinha arrumada aqui ao lado. E agora esse tremor na janela, esse puta barulhão, essas luzes me causam uma estranha ansiedade, mandaram uma limousine das naves para me buscar.
Fico aqui esperando e é capaz de, dessa vez, levarem o vizinho.
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publicado por Dýlon às 19:12
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terça-feira, novembro 01, 2005
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O quase afogar de peixes
Mais um peixinho retardatário sendo levado pelo revés da maré. Ao longe vejo um ponto luminoso, um lampejo de sol que sai do mar. Um mar de águas confusas, que parecem querer engolir o pobre peixinho, só para poder cuspí-lo em seguida, arrebatando seu ego em uma satisfação quase mórbida por esse jogo dantesco.
Quem olha de fora pode desprezar, mas de dentro se desespera, certamente. As mais sangrentas batalhas não poderiam ser comparadas à mutilação silenciosa que segue, enquanto a superfície ondula.
Enquanto a brisa sopra, o céu é azul e o sol brilha, vejo um peixinho que tenta, só e estóico, vencer a maré, meio desengonçado, parece não sair do lugar. Perde o foco toda vez que vê a si mesmo. Parece querer fugir, contudo levar-se junto de si.
Chega ao oceano.
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publicado por Dýlon às 22:05
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