Mais um peixinho retardatário sendo levado pelo revés da maré. Ao longe vejo um ponto luminoso, um lampejo de sol que sai do mar. Um mar de águas confusas, que parecem querer engolir o pobre peixinho, só para poder cuspí-lo em seguida, arrebatando seu ego em uma satisfação quase mórbida por esse jogo dantesco.
Quem olha de fora pode desprezar, mas de dentro se desespera, certamente. As mais sangrentas batalhas não poderiam ser comparadas à mutilação silenciosa que segue, enquanto a superfície ondula.
Enquanto a brisa sopra, o céu é azul e o sol brilha, vejo um peixinho que tenta, só e estóico, vencer a maré, meio desengonçado, parece não sair do lugar. Perde o foco toda vez que vê a si mesmo. Parece querer fugir, contudo levar-se junto de si.
Chega ao oceano.
3 Comentários:
lipe estou completamnete apaixonada pelos seus textos!!
vc naum sabe o quanto!!
ainda mais agora q tow passando por uma coisa muito ruim!!
te adoro viu amigo!!
quinta-feira, 03 novembro, 2005
É, estes peixes desviando das miudisses do oceano, miudisses que carrengam tudo o que as opõe...e que de tão miudas , diantes da totalidade do oceano, tarnam-se monstros de um mar, quase impossivel de marejar.
sábado, 05 novembro, 2005
de certa forma esse peixinho somos nos todos a cada dia, lutando por objetivos e conquistas... fazer oq. eu adoro pao de queijo (???)... beijos mocinho
sábado, 05 novembro, 2005
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