Há idéias e mais idéias que circundam a sua mente, algumas são confusas e outras, perplexas. Poucos escolhidos receberam, através de um insight num momento out, os princípios básicos da Seita do Grande Babuíno Sagrado. Portanto, venda a sua alma a nós e terás as respostas que mudarão, para sempre, a sua vidinha medíocre. Questão1: ¿Dedo ou língua? Se você sabe a resposta, você também é um filho do Babuíno. ¡Seja bem-vindo!

segunda-feira, setembro 26, 2005

 
 

Presenciando o surgimento de um novo ecossistema

Um universo paralelo revela-se, às vezes, quando se entra no quarto de alguém. Essa seria a conclusão, na qual qualquer ser que entre em meu quarto agora irá chegar. Duvidaria até mesmo de se tratar de um ambiente terreno.
A minha toalha azul pendurada próxima a porta o convenceria de que acabou de mergulhar de cabeça numa piscina. Seria necessário que mexesse os braços freneticamente para desvencilhar-se de tudo o que se encontra no caminho e avançar alguns milímetros. A coisa tá crítica, tenho que lavar uma caralhada de roupa. A piscina parece mais um ninho de rato.
Agora, ao sentar-se à margem do caminho de areia, deixar-se-ia amolecer pelo calor obscuro e inebriante que impera, assistindo à forma graciosa com que as grandes bolas de poeira rolam de um lado para o outro da estrada, não impelidas pelo vento, mas porque têm vida própria e se locomovem por si só, assim como se reproduzem indiscriminadamente. Que mundo é esse em que as bolas de poeira rolam e se multiplicam?
Isso comprova a teoria de que tudo o que existe implica conotações sexuais. Filosofando um pouco mais; sexo poeiral é a modalidade mais bizarra que deve existir, mas funciona melhor do que com os coelhos. Reafirmo; é MUUUUUUUUUITA poeira mesmo!
Seguindo a análise de coisas que tem vida própria, o que explicaria o fato de um chinelo ir se esconder entre o guarda-roupa e a parede por mais de três dias? Aqui a lei de Lamarck explicaria de forma quase óbvia: Lei do uso e desuso, porra!
De tanto andar acompanhado de um pé, uma hora o chinelo aprende a andar sozinho, ganha autonomia e sai pra esses lugares bem "pé-de-chinelo". Faz sentido? Faz.
Ainda bem que os meus outros calçados são burros. Não suportaria vê-los andando e fazendo o que bem entendessem. Afinal, quem manda no meu quarto sou eu.
...
Será que mando? A situação está chegando ao ponto em que eu serei apenas uma idéia perdida num universo paralelo, talvez no do Fidel*. Imagina que loucura. Se sob controle ele já coloca fogo na cozinha, nos fios, quebra o espelho e deixa seus escorpiões passearem pela casa, o que não faria se esse mundinho não fosse só dele?
É melhor parar de brincar de ser porquinho e arrumar essa bagunça.
_________________________________
*Fidel: Encosto oficial da República em Chamas. Conta a lenda que Fidel era um estudante de Ciências Sociais, daqueles bem revolucionários, que morrera ao ser atingido de forma fatal por uma banana, de dinamite não, a fruta mesmo.
Desde então, ele assombra o apartamento, tentando fazer com que prevaleçam suas vontades, mesmo que para isso tenha de se utilizar de práticas terroristas. Recapitulando suas ações mais significativas:
1. Bananas pegam fogo misteriosamente, incendiando a cozinha e asfixiando os atuais moradores da república. Claro que a gente não morre o corpo é fechado e a uruca de cada um já é mais forte.
2. Rede elétrica o cacete, fogo nessa merda. Computador é fruto e instrumento do capitalismo, do avanço do neoliberalismo, da exploração das minorias e merece ir pro espaço. Pega fogo e pronto!
3. Vaidade é fruto do capitalismo, do neoliberalismo, da exploração das minorias e fodam-se os espelhos. Crash
Quer se olhar no espelho? Faça os em 1474152252 mil e duzentas pequenas prestações.
4. O caso do escorpião de estimação, que dessa vez foi só descuido do nosso amigo, que deixou seu bichinho passear a vontade, de preferência na cama de alguém.
5. Aguardando momento oportuno.
___________________________________________
A que ponto chegamos? Cada vez que releio esses textos, eles parecem piores! Mas mesmo assim votem no Blogstars!! Eu posso ganhar o selo dourado e uma viagem a Fantástica Fábrica de Chocolates.
 
 
publicado por Dýlon às 23:01 | 4 Comentários

quarta-feira, setembro 21, 2005

 
 

Indo contra a maré

Um olhar nunca é apenas uma forma de percepção visual, um sorriso não é um mero movimento de músculos e o sol não brilha porque brilha.
Eu sempre pude enxergar as coisas além do que elas representam superficialmente, prever desdobramentos das situações mais esdrúxulas. Sempre usei bem disso a meu favor, soube dizer bem o que quero, no momento que quero, ou, simplesmente, não dizer. De uns tempos pra cá, todos os sutis detalhes que permitem uma observação profunda têm chamado minha atenção de forma mais intensa, como se algo me atraísse para ver coisas que não estão reservadas a qualquer um. Sinto me preso a elas, de certa forma, sendo hipnotizado.
A verdade é que saber a história toda, além do "felizes para sempre", só de ouvir "era uma vez" tem me levado a questionar mais a legitimidade das coisas. Há algo legítimo no mundo além do que eu gostaria de idealizar?
Incomoda-me prever que alguém vai me decepcionar e a suspeita-certeza acabar se concretizando. Nesses momentos eu gostaria de estar errado, de ter uma visão deturpada e iludida, viver enganado.
Preferia não poder antecipar isso, não seguir na expectativa de uma deterioração iminente.Não quero me relegar a uma visão pessimista do mundo, nem ter que medir palavras. Quero manter minha fé na humanidade. Confiar por confiar e não por dever confiar. Se assim fosse, não o faria.
Talvez, em virtude disso, eu esteja sendo rígido demais na seleção dos meus amigos. Parabéns para aqueles que tem conseguido atravessar bem, inteiros, todas as etapas desse processo.
Estou lidando mal com a frustação, vejo me impedido de ter o que eu quero agora e o pior é que eu entendo o seu porquê, apesar de não concordar. Acabei desenvolvendo sentimentos, os quais eu abomino e que achei que nunca me atingiriam. São um problema social e eu sou mais um nessa multidão de anjos decaídos. Um que enxerga através de lentes de aumento e de uma sonda endoscópica.
Vou fechar os olhos, manter me estoicamente em meio a esse rio até que ele consiga me arrastar, já cansado e ferido, não mais me escondendo por trás de todas essas cores das quais eu quero pintar o mundo. Até que minhas pálpebras já não sejam muro suficientemente sólido para me privar de perceber o inevitável.
*****
Continuem votando no Blogstars, please.
Ps.: Não atraso mais postagem. Quase prometo.
 
 
publicado por Dýlon às 21:41 | 8 Comentários

domingo, setembro 11, 2005

 
 

Sim, uma pomba já cagou em mim

Há uns dias em que a gente acorda de ovo virado porque aquele vizinho super legal ligou um funkão na maior altura quando se está indo dormir. Pára lá pelas 4:30. Você acorda às 6:30. Portanto, não dorme. Tira, no máximo, uma sesta.
Tropeça na calçada, topa o dedão que o All Star apertou o dia inteiro. Daí dá aquela vontade de gritar: "PUTA QUE O PARIU" e quando enche a boca pra falar, tem uma doce velhinha rabugenta de uns cento e vinte anos ao seu lado, e você acaba não xingando pra não chocá-la. Ouve então ela te chamando de tonto e rindo da tua cara. Talvez seja uma maneira dela de desejar um bom dia. Nada de responder a véia! Não seja ingrato. Nessas condições, qualquer forma de bom dia é válida.

Daí você olha pro céu - só pra checar se vai chover, o que, de verdade, colocaria tudo a perder - e sente uma coisa caindo na sua testa.
Uma graciosa pomba acabou de fazer aquilo que elas fazem de melhor, justamente em você. E é justo. Lembra que vc dormiu só duas horas? Suas olheiras são mais convidativas para uma boa cagada do que qualquer privada. Conforme-se.

Agora você chega na aula e descobre que tem uma prova surpresa logo no primeiro tempo. Compensar o tempo de sono que você não teve, nem pensar. Fudeu, fudeu. Conforme-se.

Depois você vai pra casa. A comida vai estar fria. Ótima oportunidade de provar que comer é só uma convenção social. Anorexia é uma lei natural.

De repente, a voz que traduz todo o escárnio do do mundo, a da sua consciência, vai te alertar que a oscilação de energia se deve a alguma coisa que não está certa. Em cheio! Você vê a rede elétrica pegando fogo. Ou você dá um jeito de chamar os bombeiros, ou morre queimado. Aí, conforme-se. Talvez você descubra que o seu real talento é o de ser churrasco. Ou pode ainda exercitar o seu egocentrismo pela última vez; "Um incêndio só meu!"

Enxergar a vida por um filtro fatalista pode ser até uma terapia agradável de vez em quando. Principalmente quando o princípio de incêndio é real. No entanto, nada disso pode ser considerado azar. Pense que a vida tem maneiras bem particulares de te provocar um pouco de adrenalina.

... Minha vida anda muito cheia de adrenalina ultimamente...

Definitivamente, azar não existe. Concordam Breiller, Rafael, homem do CEU, mulher do bandejão e todos os paralelepípedos da rua? E todos aqueles que sofreram ou presenciaram a síndrome dos revezes quando eu estou por perto? Creo que sí.

******
Na verdade, o texto que eu ia postar era outro, não tinha nada a ver com isso. Porém, não sei se devo postá-lo. Quem sabe um outro dia? Eu tava ouvindo Pearl Jam - Love Boat Captain, tem a ver com o que eu realmente queria dizer... Foda-se! Nunca fui muito claro. Por que seria agora?

 
 
publicado por Dýlon às 01:09 | 9 Comentários

sábado, setembro 03, 2005

 
 

Pequenos prazeres da vida

A gente almeja tanta coisa, não é? Ser um bom aluno, excelente profissonal, honrado cidadão, ótimo filho, ganhar muito dinheiro e ter uma vida espetacular.Mas por que adiar isso? Projetamos a nossa felicidade num futuro, às vezes, nem tão alcançável e acabamos nos esquecendo do agora. Deixamos passar coisas simples e banais, que podem parecer sem importância, mas que são, na verdade, os "singelos prazeres da vida".Tem coisa melhor do que dormir ouvindo o barulho de chuva, andar de elevador de uma andar para o seguinte, ouvir o som do mar, acordar e descobrir que se pode ficar mais uns minutinhos na cama, raspar o fundo da panela de doce, receber uma carta de um amigo que não se via há anos, e tantas outras coisas? Jã pensou que tudo isso faz parte de alguns dos melhores momentos de nossas vidas? Momentos singulares, perdidos nesse maremoto de preocupações e objetivos da vida dita moderna. Ainda não pensou? Então pare um pouco, sente-se embaixo de uma árvore com um pacote de biscoito de chocolate e um copo de água gelada e, pense se quiser...
*****
Impossível não falar disso. Esse texto foi produzido na faculdade, a 6 mãos: Eu, Maíra e Ártemis. O tema é de uma relevância indiscutível para mim, frente a tudo o que tem acontecido. Tentar levar a vida devagar. É isso aí...
 
 
publicado por Dýlon às 15:55 | 7 Comentários

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