Há idéias e mais idéias que circundam a sua mente, algumas são confusas e outras, perplexas. Poucos escolhidos receberam, através de um insight num momento out, os princípios básicos da Seita do Grande Babuíno Sagrado. Portanto, venda a sua alma a nós e terás as respostas que mudarão, para sempre, a sua vidinha medíocre. Questão1: ¿Dedo ou língua? Se você sabe a resposta, você também é um filho do Babuíno. ¡Seja bem-vindo!

quinta-feira, outubro 20, 2005

 
 

O que é uma cara de pau

Bicho ardiloso o ser humano, e mente aquele que diz que não o é.
Falo por mim ao menos. Quando meus interesses estão em jogo, eu sei jogar, e muito bem. Bobo aquele que não o faz, convenhamos.
Hoje o meu dia foi muito cheio de aventura, o que era pra ser uma coisa acabou não dando certo e servindo para outra, talvez até melhor. A adrenalina ainda corre em mim e eu não vejo claramente se a utilidade de tudo isso foi só inflar mais o meu ego ou ter um peso fundamental nos meus rumos profissionais daqui pra frente.
O negócio é que eu tava dormindo feliz e sorridente nos sofás mais confortáveis do mundo, de design impecável daquela sala super aconchegante do comuniCA e de repente a porta se abre e alguém grita: "Você não tem noção de quem vem amanhã na Rádio". Não falava comigo, mas como eu to sempre conectado com o que passa ao meu redor, não pude deixar de notar.
A beterraba saltitante prosseguiu: "LOS HERMANOS!!!"
Em um primeiro momento, eu achei legal e pronto. Gosto dos caras, mas não é para chegar ao ponto de compartilhar o chilique da Laura.
Até que eu pensei na entrevista que revolucionaria tudo.
Imagina um sequestro relâmpago para que eles respondessem pelo menos umas 4 perguntas? Eu ia me sentir o máximo.
Em quinze minutos eu tinha deixado todo o aparato, para entrevistar e sequestrar a banda e para acampar em frente à rádio a espera desse momento, em stand by. Reuni uma "tripla" disposta ao serviço sujo e fomos apurar e descobrir as falhas do sistema.
Depois disso eu e Àrtemis éramos pobres alunos, calouros da comunicação, ávidos por conhecer o funcionamento da Rádio. Sem segundas intenções, sacou?
Entramos no prédio e nos dirigimos para onde seria a rádio. Andamos além do que devíamos e caímos numa redação frenética, todo mundo correndo, pulando do telefone para o computador, tão compenetrados no trabalho que não tinha nem como pedir informações. Me senti extático, fascinado com aquilo e também perdido.
Quem passava por nós não nos via e o cara que viu passou pela gente três vezes com cara de "eu sei que vocês estão perdidos", mas também não indicou direção alguma.
Parece fracasso isso, não?!
Tanto parece, que começamos a voltar, ir embora, não íamos conseguir nada. Foi quando o adesivo em uma porta chamou a minha atenção.
- Acho que é aqui.
Mas uma vez ficamos parados. Porque não era a hora de deixar cair a máscara. Respiramos.
Vimos uma mulher que saía daquela sala para tomar um café e quando ela voltou jogamos todo nosso 171 encima da coitada, com a cara mais lavada.
Ela botou a gente para dentro, foi muito simpática, nos apresentou a um cara, também muito gente boa e ele nos mostrou tudo com a maior boa vontade.
Fomos comendo pelas beiradas até que ele mesmo falou da entrevista do Los Hermanos.
Tentando demonstrar naturalidade, continuamos a perguntar sobre a rádio, que tinha se tornado tão interessante ou mais que o nosso plano mirabolante. Voltando ao assunto da entrevista esporadicamente, até descobrir tudo o que queríamos.
Na verdade, a banda seria entrevistada por telefone.
Hum... Sem sequestro, sem acampamento, sem vergonha nenhuma na cara!
Saímos de lá felizes tais como pintos no lixo assim mesmo.
Supõe- se daí que o resto foi fichinha. A qualquer momento vamos descobrir o telefone e fazer nossa própria entrevista. Talvez seja essa a nova meta da vida dos três mosqueteiros, eu, Ártemis e Breiller, talvez nossa nova utopia.
Valeu pela aventura e pela atuação.
Pode ter certeza de que hoje eu vou sonhar como é bom brincar de ser jornalista.


Valeu, Laurinha, pelas fortes emoções de hoje. Pena que depois disso você deve ter descoberto que também não vai acampar em frente à rádio.
 
 
publicado por Dýlon às 17:07 | 6 Comentários

terça-feira, outubro 18, 2005

 
 

Os mesmos

Em verde, sob uma luz cinza eu fui e voltei.
Quando somos pequenos tudo parece enorme, acabamos crescendo, acho que não passamos a ver as coisas nas suas proporções reais, mas nos acostumamos a elas, nos enjoamos delas.
Superada essa fascinação, a visão pode ser a de um lugar tedioso, limitado, esgotado, como talvez possa ser minha cidade.
Falando assim, posso estar cometendo um erro brutal, isso deve ser um problema só meu, creio que essa opinião não seja nada objetiva. To com sono demais pra tentar avaliar isso agora.
Por mim, essa busca de algo novo, maior e que volte a nos fascinar faz-me reconsiderar tanta coisa, vantagem de poder olhar de fora. O ninho chato onde rompi minha primeira casca é onde está a maior parte da minha vida, a maior parte dos meus sentimentos. Em um momento, achei que tinha perdido o caminho de volta para tudo isso. Talvez fosse pequena de mais para os meus anseios, só mais um pontos entre bilhões mais.
É estranho chegar em casa e o ar estar diferente, acordar à noite e não achar o interruptor no escuro. Contudo me aperta o coração e faz pensar de novo na questão da escolha; meus pais e meu amor por eles é o mesmo, meus avós, tios, primos ainda são espetaculares e meus amigos ainda são os melhores do mundo. Eu é que estive em outra dimensão, até então me atrapalho com a névoa que cobre os meus olhos.
Rsrsrs. Mais uma vez essa ansiedade me faz tropeçar nas minhas idéias.
No fim, nada anula nada. Absolutely nothing´s changed.

(woke up)

Por um momento o sonho distorceu a realidade.
Vejo acordado, estamos todos bem, ainda bem.
 
 
publicado por Dýlon às 23:33 | 0 Comentários

domingo, outubro 09, 2005

 
 

Mais sensatez e menos radicalismo

Acho que antes de aceitar simplesmente esse discurso afetado e radicalista de que o Brasil não tem jeito, de que a justiça não funciona e de que devemos nos armar, pensemos antes que problemas como esse são culpa de uma formação social deficiente, falta de empenho da própria sociedade no combate da corrupção dos órgãos que deveriam zelar pela nossa defesa, sim, a minha família e a sua contribuíram para essa inércia durante várias gerações e tudo que conseguimos com esse posicionamento é dar seguimento a essa idéia de que o governo não pode fazer nada por nós.
Talvez essas sejam, ainda, marcas de moldes políticos que vigoraram durante muito tempo, como o coronelismo, onde se acredita que se pode resolver tudo do seu jeito e que uma arma resolveria todos os problemas.
Creio que não vivemos nesse tipo de sociedade onde precisemos nos portar e viver como jagunços para impor respeito.
É inútil comparar dados do Brasil com países de primeiro mundo, onde a educação cumpre o seu papel e que a quantidade de armas em circulação não é um problema social. As realidades são diferentes, na Dinamarca não existe Complexo do Alemão, e pode-se considerar que os mendigos europeus mais miseráveis têm um nível de vida melhor do que a parte da nossa população de nivel mais baixo, talvez até do que certa parte da classe média.
Sinto muito, não concordo com esse discurso de vítima de um mundo cruel que vai apontar seu arsenal pra a abertura da sua toca e ficar na tocaia de bandido.
O estatuto do desarmamento pode parecer ineficiente quando se espera que ele resolva todos os problemas de violência de uma vez. Mas se damos esse passo agora, com certeza, o caminho que teremos que andar para que venham as outras medidas e reformas que o complementem será bem mais curto.

O desarmamento não fará milagres, se render a uma vida medíodre, se igualando a qualquer outro bandido, tendo a possibilidade de vir a matar a qualquer um, até mesmo a um inocente, tampouco.
Saiba fazer a diferença, atacar as causas é mais eficiente que conter as consequências.


Filipe da Matta Alonso
- numa manhã de domingo, irritado ao ler um e-mail com argumentos mais que ridículos contra o desarmamento.
 
 
publicado por Dýlon às 10:48 | 2 Comentários

sábado, outubro 01, 2005

 
 

Uma breve análise [hermética] do conceito de ascensão e queda

Tróia caiu, Constantinopla também, assim como Napoleão e o Império Romano.
Nada mais natural do que processos com início, meio e fim. Ascensão e queda.
Quando se está no centro desse conceito, a análise se torna ainda mais interessante, digamos, até curiosa.
Depois que se criou a idéia de que eu parecia o Felipe Dylon e, com ela, a expectativa dos meus colegas de faculdade de me conhecer pessoalmente, a minha visão de poder de comunicação, persuasão psicológica e mais uma car... (dessa vez não vou falar isso) de coisas ganhou um caráter mais amplo, o que já era esperado, mas de forma surpreendente. Renderiam teses de doutorado.
O mito pintado foi tão grande, que por um momento o vi se dissociando de mim e ganhando vida própria.

"Criamos um monstro."

Junto do proveito que tirei, não do jeito que eu poderia, mas do jeito que eu deveria, tive de me acostumar com a perda parcial de minha privacidade.
"Te vi em tal lugar." "Você tava com fulana." Talvez até "a cor da sua cueca hoje é..."
Não, isso não subiu à minha cabeça. Acostumei-me a lidar com isso, sem virar estrela. Me tornei uma pessoa comum. Em algum momento não a fui?
Será que isso pode ser considerada a queda?

"Matamos o monstro."

Roma, Tróia e Napoleão deixaram sua contribuição ao mundo. E segundo um dos analistas que concluiu o declínio do meu caso e se entitula responsável por ele, a morte é relativa, acontece aos poucos, não está ligada ao perecer físico, o fim não é fim. Parece haver uma lacuna não preenchida, uma contradição estabelecida. Nota?
Creio serem os novos amigos que fiz, o reconhecimento que tenho hoje o meu legado no mundo, ou o legado do mundo para mim. Derrubado ou não, estou satisfeito, ainda sigo o meu movimento. Ótimo que niguém o veja.

"Fênix é o monstro?"
*Isso diz algo?
 
 
publicado por Dýlon às 23:46 | 4 Comentários

 
 

Ode ao meu próprio umbigo

Basta uma pessoa egocêntrica para que ela se baste como uma equipe inteira, duas rendem uma Olimpíada e três, um holocausto.
Justo por isso, nada mais certo que a maior parte da humanidade seja normal, para não dizer medíocre, para que nós possamos ser simplesmente NÓS e ponto.
A questão é: eu quero, eu faço. Eu mando e o mundo obedece. E não consigo conceber alguém que não entenda essa lógica. É tão simples! Mais que isso, só desenhando.

Vamos agora a uma situação hipotética. Suponhamos que existisse outro de mim, sei que é tão humanamente quanto divinamente impossível (tá bom, forcei), e que eu tivesse o grande prazer de conhecer-me. Seria o eu bom suficiente para mim? O fato é que eu continuaria sendo melhor, no entanto, duas vezes melhor. Filosofa comigo... não! Eu faço melhor sozinho: se a cópia não fosse boa, eu a esmagaria com o meu ego (sem fazer esforço). Se fosse melhor que eu, ainda sim seria eu e, é claro, eu seria foda. Correção: eu SOU foda!

Enfim, seria ótimo, não?
Claro que não!

Descendo do meu pedestal e pensando no bem da humanidade; o mundo é pequeno demais para comportar duas figuras de tal magnitude, se já não comporta bem uma... Além do que ter tudo e ter que dividir comigo mesmo não está nos meus planos, aliás, dividir não é uma palavra muito constante no meu vocabulário.

Pensando melhor, já fico mais tranquilo. Só quem poderia fazer uma coisa tão perfeita assim quanto a minha pessoa, depois de Deus, seria eu mesmo. E convenhamos, eu e Ele temos a plena noção de que nem rola.
Acho que me basta o fato de eu me amar e ser correspondido.
...

Melhor abortar essa manifestação de megalomania. Quem vê pode até acreditar...

. . . E G O . . .

Listenin´ to The Libertines - The man who would be king
 
 
publicado por Dýlon às 23:05 | 7 Comentários

Perfil
Dýlon



Links
.:Birinight Entertainment & Co.
.:Eu no Orkut
.:Pxim
.:Luana Rodrigues
.:As vacas vão pro céu
.:Trancado na Casa Verde
.:Lo Buono
.:Carolina Fernandez
.:Pedrim
.:Thiagoool
.:República em Chamas
.:Diego Tudesco
.:Falso Poeta
.:Requiem
.:Versos Íntimos
.:Tribuna do Juarez
.:Um corvo na Casa Verde
.:Beco dos Devaneios
.:Rafa e a Música
.:Quero Sambar Meu Bem
.:Rayssa
.:Pedro Ivo

Posts Anteriores
.:Descobri o amor pelo site da Bjorn Borg
.:E se...
.:Sai mosquinha, sai
.:Querido Papai Noel,
.:Quem tem postura é galinha, quem não tem, perde a ...
.:5102 - Expresso para a demência
.:Alzhe... O que mesmo?!
.:Mais arroz, por favor!
.:No ponto onde convergem as retas paralelas
.:Vá para o ET que te carregue!

Arquivos
.:2005/08
.:2005/09
.:2005/10
.:2005/11
.:2005/12
.:2006/08
.:2008/06
.:2008/12

Powered by Blogger